Tuesday, May 10, 2011

press release

Noli me tangere, intervenções contemporâneas na Casa Museu Dr. Anastácio Gonçalves é a exposição que os artistas Ana Pissarra, Cristina D’Eça Leal, Flávia Vieira, Rachel Korman e Tiago Mestre inauguram no próximo dia 14 de Maio, às 18h, integrando a programação da Noite dos Museus em Portugal.
Com curadoria de Fátima Lambert, a exposição traz instalações sonoras, fotografias, vídeos, objectos e livro de artista.
Noli me tangere parte de uma reflexão sobre a vida privada e pública do Dr. Anastácio Gonçalves. O facto de ter deixado explícito que quereria a sua vida pessoal preservada e que apenas a casa e as coleções fossem divulgadas e mostradas, levaram os artistas a intervir no circuito expositivo, criando dinâmicas diferentes e propiciando novas leituras da casa e do acervo, construindo uma ponte entre a arte consagrada do passado e as manifestações contemporâneas da actualidade.
Inauguração: 14 de Maio de 2011 > 18h00 Exposição: 15 de Maio a 18 de Setembro de 2011
Casa-Museu Dr. Anastácio Gonçalves Av. 5 de Outubro 4-6 Lisboa +351 213 540 923
Terças-feiras das 14h00 às 18h00 Quarta-feira a Domingo das 10h00 às 18h00
Descrição das obras
O trabalho Jorge & Pandora é um simulacro...que não oculta a verdade e a verdade que oculta não existe. Instalação sonora para a sala de jantar da Casa Museu afetada pelo texto de Fernando Pessoa "Crónica Decorativa I" de 1915. Vozes de Alfredo Brito e Cristina D'Eça Leal.
A artista Cristina d’Eça Leal produziu um livro de artista, com a colaboração do escritor Pedro Sena-Lino, que eventualmente será objeto de publicação. O trabalho, Für Elise, pode ser classificado como uma biografia ficcionada e incide sobre a figura da criada Elisa, que fez a transição da casa para a casa-museu, partilhando o espaço com a sua primeira diretora. Complementa o trabalho uma instalação sonora.
Colecção privada de uma criada de fora é uma obra em vídeo criada em parceria por Ana
Pissarra e Cristina D’Eça Leal. A partir de um diário de uma criada do espólio
do museu e da colectânea de revistas de época "Os Serões das Senhoras", cujo
conteúdo hoje é racista e xenófobo, construíram-se uma série de fragmentos digitais que
vão revelando afinidades, porque as imagens são mais um processo do que um objeto.
O trabalho de Flávia Vieira, Dead sculpture, parte de uma reflexão sobre a condição do objecto físico e matérico. Trata-se, portanto, de um reposicionamento do objecto que pressupõe uma “morte” do mesmo, evidenciada pela construção de objectos fragmentados.
Rachel Korman apresenta Tocar o silêncio que consiste na instalação de um grande painel fotográfico no quarto da casa-museu, com o registo da encenação de uma noite de amor na cama do Dr. Anastácio Gonçalves. Na casa de banho, uma fotografia completa a encenação.
O trabalho de Tiago Mestre, Vocabulário da Paisagem Épica, procura reflectir sobre a Paisagem através da construção tridimensional de paisagens anónimas, construídas em alumínio evocando a escultura académica.
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Biografias Artistas
Ana Pissarra (n. 1969, Portugal) Vive e trabalha em Lisboa.
Tem formação artística pela Escola de Artes Visuais, Independent Art Studies Program Maumaus, curso de Realização pela NYFA (New York Academy), curso de Audiovisuais pelo IADE, curso de Pintura e Fotografia pelo Ar.Co – Centro de Arte e Comunicação Visual. É realizadora da produtora Go-To, Lisboa.
Participação em exposições colectivas: “Mandei-o matar porque não havia razão”, curadoria Emília Tavares, Torre do Tombo (2011), “De Heróis está o inferno cheio”, Plataforma Revólver (2010), “Something unspoken", LX Factory (2010), “Arminda”, Goethe Institut, Lisboa (2009).

Cristina D’Eça Leal
Vive e trabalha em Lisboa. Tem formação artística pela Escola de Artes Visuais, Independent Art Studies Program Maumaus, curso de Desenho pelo Ar.Co – Centro de Arte e Comunicação Visual, curso de Pintura na Soc. Nacional de Belas-Artes. Participação em exposições colectivas: “Mandei-o matar porque não havia razão”, curadoria Emília Tavares, Torre do Tombo (2011), “Something unspoken", LX Factory (2010), “Arminda”, Goethe Institut, Lisboa (2009), Lumier Cité, Lisboa (2008)

Flávia Vieira (n. 1983, Portugal) Vive e trabalha em Lisboa. Tem formação artística em Artes Plásticas - Pintura pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto; Norwich School of Art and Design, Inglaterra; Escola de Artes Visuais, Independent Art Studies Program Maumaus; Residência Artística “University of Ideas - Unidee in Progress”, Biella, Itália. Participação em exposições individuais e colectivas: “Mandei-o matar porque não havia razão”, curadoria Emília Tavares, Torre do Tombo (2011); “De Heróis está o inferno cheio”, Plataforma Revólver (2010); “University of Ideas - Unidee in Progress”, Fondazione Pistoletto Cittadellarte, Biella, Itália (2008); “Arminda”, Goethe Institut, Lisboa (2009)

Rachel Korman (n. 1955, Brasil) Vive e trabalha em Lisboa. Tem formação artística pela Escola de Artes Visuais do Parque Lage, Rio de Janeiro; Independent Art Studies Program, Maumaus, Lisboa; Avançado de Fotografia, Ar.Co – Centro de Arte e Comunicação Visual, Lisboa. Participação em exposições colectivas e individuais: Metrasutra (individual), Galeria Ratton, Lisboa; Próximo Futuro nos jardins da Fundação Gulbenkian, Lisboa; Noli me Tangere: intervenções contemporâneas na Casa-Museu Dr. Anastácio Gonçalves, Lisboa; Mandei-o matar porque não havia razão (curadoria Emília Tavares) Torre do Tombo e Espaço Avenida, Lisboa (2011); De Heróis está o inferno cheio, Plataforma Revólver, Lisboa; 3 viagens pelos eu dos eus (curadoria Fátima Lambert) Quase Galeria, Porto; Pensão Ibérica, residência artística, Lisboa; Home & Abroad, Triangle Network, residência artística, Sintra, Portugal (2010);The Shadow of my Being (individual), Rosalux, Berlim; Arminda, Goethe Institut, Lisboa (2009); O contrato do desenhista (curadoria Paulo Reis) Plataforma Revólver, Lisboa (2008); Conversando com Cindy (individual) galeria João Lagoa, Porto (2007).

Tiago Mestre (n. 1979, Portugal) Vive e trabalha em São Paulo, Brasil Tem formação em Arquitectura pela Faculdade Técnica de Lisboa; Escola de Artes Visuais, Independent Art Studies Program Maumaus; curso avançado de Pintura pelo Ar.Co – Centro de Arte e Comunicação Visual. Participação em exposições individuais e colectivas: “The commission”, Lund’s Konsthall, Suécia (2011); “Mandei-o matar porque não havia razão”, curadoria Emília Tavares, Torre do Tombo (2011); “Estado de Atenção”, Curadoria de Marta Mestre e Pedro Calapez, Teatro de Almada (2010); “De Heróis está o inferno cheio”, Associação Plataforma Revólver (2010); “Arminda”, Goethe Institut, Lisboa (2009); “Specific Sunset” e “Off – screen space”; Wiels Project Room, Bruxelas (2009) e “Liquid Arquives”, Platform3, Munique (2009)

Curadora
Maria de Fátima Lambert
Licenciatura em Filosofia (1982); mestrado em Filosofia; doutoramento em Estética (1998) Fac. Filosofia Braga, U.C.P Professora Coordenadora em Estética e Educação desde 2000-Escola Superior de Educação do Porto
Coordenadora do Curso de Gestão do Património; da Área de Património Artístico e Cultural do Depart. de Artes e Motricidade Humana; e do Núcleo de Estudos Artísticos e do Património, E.S.E./IPP Membro da equipa de investigação do Instituto de História da Arte (financiada pela FCT) da Fac. de Ciências Sociais e Humanas da Univ. Nova de Lisboa. Membro “Advisory Commitee”, Dardo Magazine, Santiago de Compostela Membro da AICA (Assoc. Internacional de Críticos de Arte)
Curadorias Programadora e Curadora Quase galeria, Porto, desde 2008 Elipse da Duração, Palacete Pinto Leite, Porto, 2011 Marginalia – d’après Edgar Allan Poe, Plataforma Revólver, Lisboa, 2010 Do séc. XVII ao séc. XXI: além tempo, dentro do Museu, Museu N. Soares dos Reis, Porto, 2010 Curadora de Portugal - Salon Européen de Jeunes Créateurs (Org. Montrouge), 2002/2007 Entre a Palavra e a Imagem , Fundación Luís Seoane – A Corunha/SP/2006; Museu da Cidade, Lisboa e Centro Cultural Vila Flor, 2007 Olhares e Escritas na Arte portuguesa desde 1960, Porto, Galeria Municipal, 2003 + de 20 grupos e episódios no Porto do séc. XX, Palácio de Cristal, Porto 2001 Porto 60/70: os Artistas e a Cidade, Museu de Serralves, Porto 2001 Capital da Cultura
Autora de: Pintura Portuguesa Contemporânea, Politema, 2005 Cruz-Filipe; Pedro Casqueiro; Manuel Casimiro, Ed. Caminho, Lisboa, 2006 Writing and Seeing – Essays on Word and Image (Org.), Ed. Rodopi, Amsterdam, 2006 Entre a Palavra e a Imagem (Org.), Ed. Dardo, Santiago de Compostela, 2007
Textos em volumes colectivos
Antoni Muntadas - The Nap. On Translation-On view & Listening-Sombra, Interpretação e Memória, Dardo, 2007 Notebooks & the self/ Auto-retratos e cadernos – apontamentos sobre ÁLVARO LAPA– Actas do Colóquio: “Educação, Imaginário e Literatura”, Univ. do Minho, 2009 Hieratismo, vertigem e lentidão: movimentos transpostos na ausência: João Maria Gusmão e Pedro Paiva, Dardo, 2011
Textos em Catálogos Todas as publicações, Quase Galeria, Porto, 2008-2011 Por detrás da Aparência: Luís Nobre, Quase Galeria/MNSR, Porto, 2010 Da Outra Margem do Atlântico - vídeo arte e da fotografia portuguesa, Rio de Janeiro, CAHO, 2010

für elise



com a colaboração do Pedro Sena-Lino e a voz da Maria Helena D'Eça Leal

Thursday, May 5, 2011

für elise


Se desejam preservar de traça os estofos de lã ou peluche que se guardam durante o verão, embrulhem-se-os em jornaes solidos, e fechem-se muito bem as extremidades com cera, tendo cuidado que o ar não possa penetrar. A traça não entra porque tem horror á tinta de imprensa.

Cristina D'Eça Leal, com a colaboração de Pedro Sena-Lino

Tuesday, May 3, 2011

Jorge & Pandora


Jorge & Pandora, instalação sonora de Ana Pissarra

ai, partiu-se!




video integrado na peça "Coleção Privada de uma Criada de Fora", de Ana Pissarra e Cristina D'Eça Leal

jardinagem extravagante


revista Os Serões das Senhoras, nº 12 de Junho de 1906
"As senhoras especialmente teem sempre um fraco por qualquer d'essas extravagancias, embora de ordinario se revele pelo amor a algum animalsinho mais ou menos extraordinario."

escarumbita


video integrado na peça Coleção Privada de uma Criada de Fora, de Ana Pissarra e Cristina D'Eça Leal